Colaboração de LuDiasBH
A astrologia chinesa tem como base o calendário lunar. Um ano é composto por 12 luas novas. E, a cada 12 anos, acrescenta-se uma décima terceira lua nova. Doze anos perfazem um ciclo. O primeiro dia do ano é marcado pela primeira lua, por isso, ao contrário do nosso ano ocidental, o início do ano chinês nunca cai na mesma data, embora se situe entre janeiro e fevereiro. É a maior festa chinesa.
Os chineses relacionam cada novo ano a um dos doze animais, que teriam atendido ao chamado de Buda para uma reunião com o mundo animal. O homem santo, em agradecimento, acabou por transformá-los nos signos da Astrologia chinesa.
Os doze animais do Horóscopo chinês a que correspondem os anos chineses são, de acordo com a ordem, que teriam se apresentado a Buda, rato, búfalo, tigre, coelho, dragão, cobra, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e o javali. Dessa forma, se 2008 foi o ano do rato, 2009 foi atribuído ao boi, 2010 é o ano do Tigre, 2011 será o do coelho e assim sucessivamente.
O ano de nascimento de uma pessoa é de grande importância, pois o animal determina sua personalidade e seu destino, segundo os chineses.
Algumas curiosidades:
– quem nasce no ano do rato deve ter cuidado com as armadilhas da vida;
– quem nasce no ano do coelho será sempre uma pessoa tímida e temerosa;
– quem nasce no ano do galo terá sempre que cavoucar a terra para se alimentar;
– as mulheres nascidas no ano do cavalo são indomáveis e, por isso, tornam-se esposas difíceis;
– os homens que nascem no ano do dragão serão fortes, inteligentes e afortunados;
– as mulheres que nascem na combinação do cavalo com o fogo (fato que só ocorre a cada 60 anos) são selvagens, perigosas e é quase impossível que se casem.
O ano de 1966 foi um ano de combinação entre cavalo e fogo. Conta-se que na Ásia, várias mulheres, que se engravidaram nesse ano, fizeram aborto, para não colocar no mundo filhas que, com certeza, não encontrariam maridos.
O ano de 1988 foi representado pelo dragão, de modo que os casais tentaram ter filhos em tal época. Muitas mulheres submeteram-se ao parto cesariano, antecipando os nascimentos, para que os filhos chegassem no ano promissor.
A hora exata do nascimento é um elemento importante, para se conhecer o destino de uma pessoa. Só através de tal dado o astrólogo pode traçar seu horóscopo. Mas, conhecer a hora do nascimento do indivíduo é também uma arma, que pode se voltar contra ele. Tal informação poderá ser usada, para lhe trazer desgraças, analisar sua personalidade e para conhecer sua maneira de agir em determinadas situações. Por isso, muitos políticos asiáticos mantém a hora do nascimento guardada a sete chaves, ou declaram um horário falso.
As decisões políticas, em vários países da Ásia, são tomadas de acordo com a astrologia. Até o serviço secreto de vários países asiáticos empregam astrólogos para descobrirem o que os astrólogos de seus adversários estão tramando. É a contra-espionagem astrológica.
O Feng Shui embora possa parecer magia para muitos, assim como a acupuntura, trata-se de uma arte milenar, fundada sobre uma aprimorada observação da natureza. Ela nasceu na China, mas, nos dias de hoje, é conhecida e muito popular em várias partes do mundo. Existem decoradores, que levam muito a sério os ensinamentos do Feng Chui, que vão desde a cor das paredes à posição dos móveis, de modo a trazer para os habitantes da casa saúde, sorte e prosperidade.
Em chinês feng significa vento e shui significa água. Podemos traduzir a expressão Feng Chui como a força da natureza. De modo que o especialista em tal arte deve conhecer os elementos fundamentais que formam o mundo, de modo a compreender a influência de um sobre o outro. Durante séculos a arquitetura chinesa foi determinada pelos princípios do Feng Chui, até mesmo as tumbas imperiais.
O conceito primordial dessa arte é o restabelecer constante da harmonia da natureza. Tudo deve estar em equilíbrio, pois doenças, desgraças, esterilidade ou má sorte seriam a quebra de uma harmonia. A função de um praticante do Feng Shui é apontar o local, onde se dá tal ruptura.
Para a grande maioria dos chineses nunca existiu um deus transcendente. Por isso, a natureza é tudo para eles. A natureza e o divino formam um único mundo. E é dela que nasceram seus conhecimentos e crenças. Até mesmo a escrita chinesa é feita de imagens retiradas da natureza. Não se trata de uma convenção abstrata como a nossa.
Nos dias atuais, pelo andar da carruagem, podemos notar que não mais existe na China essa ligação tão profunda com a natureza, com antes. O que é profundamente lamentável. Apupos para a falsa a modernidade!
Fonte de pesquisa: Um Advinho me Disse/ Tiziano Terzani
Wikipédia