A conjuntivite pode ser viral, bacteriana ou alérgica. Neste início de 2011 um surto de conjuntivite viral atinge várias cidades do litoral e interior de São Paulo. Milhares de pessoas já estão infectadas em cerca de vinte cidades do Estado. O Rio de Janeiro, distante 400 km, já apresenta alguns casos. A transmissão é fácil. Basta embarcar em um transporte coletivo, por exemplo, colocar as mãos em algum objeto que tenha sido tocado por alguém contaminado, e levá-las aos olhos. O vírus Coxsackie A 24, altamente contagioso, tem grande transmissibilidade em locais fechados, escolas, creches, ambientes de trabalho e familiar.
Olhos coçando, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, são os sintomas mais evidentes. O incubação pode durar sete dias. Só depois disso você descobre que está com conjuntivite. Depois do aparecimento dos sintomas a doença pode permanecer ativa por quinze dias.
Higiene é o melhor tratamento. Não use água boricada. Água filtrada, gelada, fervida, de preferência gelada é indicada para lavar os olhos. O atendimento médico deve ser procurado para diagnosticar casos mais graves. Consulte um oftalmologista. Sendo este surto causado por vírus, não adianta usar antibióticos. Use lenços descartáveis ou gaze. Não use toalhas que outras pessoas também usam. Troque diariamente as fronhas e toalhas de rosto.
Para prevenir, evite aglomerados, não frequente piscinas e lave sempre as mãos. Não divida maquiagens para os olhos, óculos e objetos pessoais.
O Cremesp solicita aos médicos que orientem a população com 10 dicas essenciais:
- procurar sempre assistência médica quando surgir sinais de conjuntivite,
- evitar a automedicação,
- não usar colírios contendo antibióticos, pois a conjuntivite predominante nos surtos atuais é de origem viral,
- lavar os olhos somente com água mineral, filtrada ou fervida, de preferência gelada,
- não lavar os olhos com soro fisiológico ou água boricada,
- lavar frequentemente as mãos,
- usar somente lenços descartáveis ou gaze,
- não compartilhar toalhas, maquiagem para os olhos, colírios e outras soluções,
- trocar constantemente de fronhas;
- evitar locais aglomerados, quando da ocorrência de surtos.