Semana passada finalmente li o bestseller “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert Kiyosaki. Sim, eu sei que o livro é bem antigo, da década de 90. Já devia tê-lo lido há muito tempo. Confesso que não o fiz por preconceito com o título. Achei apelativo e presumi que o livro seria auto-ajuda superficial. Depois de ler, entendi perfeitamente o título apelativo. Segundo o autor, muitas vezes para ser bem sucedido é necessário desenvolver outra capacidade além da sua especialidade, principalmente a habilidade como vendedor. Como exemplo, o autor cita uma escritora talentosa que queria ser autora de bestsellers. Ele a recomendou fazer um curso de vendas. A escritora era excelente, mas precisaria saber vender seu trabalho para conseguir alcançar seu sonho de ser autora de bestsellers.
“Pai Rico, Pai Pobre” dá orientações para conseguir sua independência financeira. É claro que não dá para resumir o livro em um simples “post”. Porém, destaco um dos pontos cruciais do livro: os pobres e classe média confundem ativo com passivo. Segundo o autor, comprar a casa própria para morar, um dos grandes sonhos dos pobres e classe média, seria um passivo e não um ativo. É lógico que tecnicamente um imóvel é um ativo. Porém, como não gera renda e sim despesas, para o Robert Kiyosaki seria um passivo. Da mesma forma, o carro seria também um passivo. Se os seus “ativos” são sua casa própria e seu carro, então você está com problema. O autor não diz que não podemos comprar carros ou casa própria. Devemos comprar tudo que desejamos, desde que geremos fluxo de renda para essas despesas.
Seguindo o mesmo raciocínio, Robert Kiyosaki diz: “não trabalhe pelo dinheiro, faça o dinheiro trabalhar por você”. Pelas observações do autor, quem vive de salário, por mais bem pago que seja, nunca estará confortável financeiramente. Já os ricos não trabalham pelo dinheiro, eles fazem o dinheiro trabalhar para eles. Para conseguir isso, existiriam dois caminhos. O que ele considera o melhor é não diversificar e focar em um investimento com maior rentabilidade que você conheça a fundo. Seria a forma mais rápida e eficaz de conseguir a independência financeira. Ele dá alguns exemplos de investimos no qual obteve exuberante rentabilidade. Acredito que não seja tão fácil para a maioria das pessoas… O outro caminho seria começar a aplicar cedo nos fundos de investimentos tradicionais. É a forma mais demorada, por isso tem que começar cedo para que o tempo e os “juros sobre juros” estejam ao seu lado.