Finalmente chegou o feriado. Carro revisado, vamos à estrada.
Após um período de muito trabalho chegou, finalmente, o momento de aproveitar o feriado, reunindo a família, tirando o carro da garagem e pegando a estrada.
O carro está pouco rodado. Quase não é usado. No dia-a-dia, por uma questão de comodidade, o ônibus do condomínio e, quem sabe, o metrô, dão um descanso ao motorista e ao bolso.
Agora, na estrada, é hora de ligar o ar condicionado, ouvir aquele CD comprado há tempos, desligar-se dos problemas. Como é gostoso dirigir numa boa pista, com asfalto novinho e pouco movimento. A praia, ou a montanha, aguardam nossa chegada. Só de pensar já ficamos animados e com fome. As crianças, impacientes, perguntam se ainda falta muito para chegar.
Neste momento somos ultrapassados por um automóvel. Alguém sinaliza, apontando para baixo, como se algo estivesse errado, talvez com os pneus. Mas não foi possível compreender e o carro, completando a ultrapassagem, prosseguiu no seu caminho, logo desaparecendo à nossa frente.
Como não percebemos nada de anormal, ficamos na dúvida entre parar para ver o que houve ou prosseguir. Ainda estamos indecisos quando surge outro veículo e também nos ultrapassa. Com o polegar voltado para baixo o motorista sinaliza que estamos com algum problema. Por que não é mais explícito? E lá vai ele em seu caminho.
Agora não há mais dúvidas: estamos com problemas no carro. Antes que a situação se agrave, paramos no acostamento para ver o que está acontecendo. O que teria despertado a atenção daqueles motoristas?
Saímos do veículo, olhamos em volta e tudo parece estar normal.
Neste momento encosta um outro carro e descem alguns ocupantes, armados, anunciando o assalto.
Nossa história pode parar por aqui. Não precisa dizer mais nada.
Passando por situação semelhante, não pare. Havendo dúvida, só pare em posto de gasolina em que haja movimento, restaurante ou posto da polícia rodoviária. Seja dia, seja noite, a imaginação dos meliantes é pródiga em idealizar maneiras de assaltá-lo.
Cuide-se!
Fique também atento ao passar debaixo de passarelas e viadutos. Bandidos costumam pendurar pedras, amarradas a fios de nylon, na altura do para-brisa. Com a velocidade desenvolvida pelo veículo, o efeito é semelhante ao de uma pedra arremessada contra o vidro, que é estilhaçado, muitas vezes com ferimentos no motorista e nos passageiros, havendo o descontrole do carro. Em seguida acontece o saque. Sob passarelas, posicione o carro entre as duas pistas. É mais seguro.
Boa viagem!