Confesso que tenho passados os últimos dias procurando uma maneira de espantar os pombos que infestam a região onde moro. Eles apareceram de repente, são se sabe de onde, e não param de se multiplicar.
Morando em casa, tendo cachorros no quintal, a ração e a água os atrai. Os cães, muito dóceis com outros animais, nada fazem contra os pombos. Já encontrei fezes das aves dentro da casa do Bob, o maior deles, que deveria ser o mais cão mais feroz. Bob, por sinal, divide a casa com um gato, que também não faz nada a não ser comer e dormir, e já protegeu 12 gatinhos que nasceram na garagem. Como se pode ver, não dá para contar com os serviços de guarda dos bichinhos.
Pesquisei na internet e encontrei fórmulas mirabolantes, que vão desde aparelhos de sons, inaudíveis para os ouvidos humanos mas terríveis para as aves sensíveis a eles, até espantalhos, cata-ventos, gatos e anticoncepcionais.
Desde a semana passada venho utilizando uma técnica que tem dado certo. Os pombos ainda não desapareceram por completo, mas os bandos são menores e nos visitam com menor frequência. Retirei a comida dos cachorros, só colocando em horários determinados, quando estou de prontidão, e comprei estalinhos e bombinhas de São João, que uso de acordo com a hora e a quantidade de invasores. Isso os tem afastado.
Os pombos, além de barulhentos, fazem muita sujeira, espalhando fezes no chão que pisamos e nos telhados das casas. Essas fezes, depois de secas e levadas pelo vento, são muito perigosas, podendo causar doenças sérias no aparelho respiratório de pessoas e animais, sendo fatais em muitos casos.
Assim, por mais que se ame e respeite os animais, não podemos conviver com aqueles que podem nos prejudicar.
Parece que encontrei a solução. Pendurei alguns velhos CDs em um pé de Romã que fica exatamente no lugar onde os pombos costumam aparecer. O sol bate e as luzes são incomodativas, perecendo iluminação psicodélica de boate. Por enquanto está dando certo.
