O uso da canela contra o mal de Alzheimer

Quando criança adorava o mingau de maizena com canela que minha mãe preparava. Pena que não fazia disso um hábito diário. Se o fizesse estaria, mesmo sem saber, me protegendo contra o terrível Mal de Alzheimer, que afeta 18 milhões de pessoas no mundo.

Desde a antiguidade a canela é tratada com respeito e admiração, graças aos poderes a ela atribuídos na neutralização de vírus e infecções. A canela, que já foi uma das especiarias mais valiosas do mundo, chegando a custar quinze vezes mais do que o ouro, inibe os conglomerados de proteína beta-amilóide, abundantes no cérebro dos doentes de Alzheimer, que são responsáveis pela perda de memória, além de dissolver as fibrilas de beta-amilóides que, quando acumuladas no cérebro, matam neurônios em pacientes com Alzheimer.

O uso da canela para fins medicinais é conhecido há mais de 4.000 anos. Os egípcios a usavam como analgésico e conservante de alimentos. Os chineses sabiam de seus poderes contra diarreia, gripes, resfriados, indigestão e a usavam até como repelente de mosquitos. Mesmo sem comprovação científica, há registros de que os indianos sabiam de seus poderes antibacterianos, antioxidantes, anti-inflamatórios e antifungícos do tronco da árvore.

Estudos concretos provam que a canela inibe a Helicobater pylori, bactéria causadora da úlcera duodenal. Outros estudos mostram seus efeitos contra a pressão alta, diabetes, herpes, acne, reumatismo, perda de memória, infecção urinária, colesterol e alguns tipos de câncer.

Mas atenção: a canela possui substâncias tóxicas para o fígado. Por esse motivo não devem ser consumidos mais do que 10 gramas por dia. Como o efeito da canela contra o Alzheimer só é conseguido com o uso de 20 a 30 gramas diárias, é necessário fazer uso de um extrato de canela, só com a parte boa da especiaria. Se não for assim, combate-se o Alzheimer e acaba-se com o fígado.

 

Wikipédia:

A caneleira (Cinnamomum zeylanicum, sinônimo C. verum) é uma pequena árvore com aproximadamente 10–15 m de altura, pertencendo à família Lauraceae. É nativa do Sri Lanka, no sul da Ásia. As folhas possuem um formato oval-longo com 7–18 cm de comprimento. As flores, que florescem em pequenos maços, são esverdeadas e possuem um odor distinto. A fruta, arroxeada, com aproximadamente 1 centímetro, produz uma única semente.

A canela é a especiaria obtida da parte interna da casca do tronco. É muito utilizada na culinária como condimento e aromatizante e na preparação de certos tipos de chocolate e licores. Na medicina, empregada como os óleos destilados, é conhecida por ‘curar’ resfriados. O sabor e aroma intensos vêm do aldeído cinâmico ou cinamaldeído.

 

Fonte: O GLOBO Ciência 23/06/2011 (Especiarias medicinais)

 

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