Já nos acostumamos a ver imagens de casas, em algumas cidades dos Estados Unidos e Europa, que não possuem muros de frente para a rua. Muitas vezes encontramos apenas uma pequena cerca viva ou de madeira, com apenas alguns centímetros de altura. Quem não fica com um pouco de inveja?
No Brasil, e cada vez mais, grades de proteção se tornam necessárias para nos proteger dos perigos externos.
Mesmo assim, mesmo com grades, muros altos, cercas elétricas e câmeras de segurança, não estamos totalmente seguros.
Então, devemos nos prevenir, mas sem deixar que isso se torne uma neurose.
Na hora de escolher o material para fazer esse isolamento físico ficamos cheios de dúvidas e com razão.Já foi o tempo em que as grades de ferro eram unanimidade. Praticamente todas as casas utilizavam esse material para aumentar seus muros. O ferro utilizado era de boa qualidade e correspondia às expectativas, durando anos, mesmo sem pintura frequente. O material usado atualmente não é tão bom quanto antigamente e as grades de ferro, mesmo recebendo tratamento antiferrugem, acabam se estragando em pouco tempo.
Uma opção é substituir as grades de ferro pelas de alumínio. Se as grades de ferro já não eram baratas, as de alumínio são muito mais caras. A vantagem é não sofrer os efeitos corrosivos do tempo.
Há quem resolva o problema construindo muros de tijolos bem altos, eliminando a necessidade de grades. Muros altos não impedem que estranhos entrem na propriedade. A utilização de uma simples
escada ou da famosa cadeirinha (ajuda com as mãos feita por um parceiro) permitem o acesso ao outro lado em pouco segundos. Além disso, muros altos impedem a visão do interior da residência por quem passa na rua. Os intrusos podem agir com tranquilidade sem perigo de serem descobertos. Evite essa opção.
Um muro muito bonito e de bom gosto é feito com a combinação de tijolos com madeira.
Dependendo da quantidade de madeira empregada, e da sua qualidade, os custos podem
compensar a escolha. As grades de concreto pré-fabricadas mostram-se imbatíveis quando se quer praticidade e preço. Escolhido o modelo, que geralmente mede 2 metros de comprimento por 1 metro de altura, a colocação é rápida. Os módulos, que custam menos de duzentos reais, podem ser cortados e ajustados para permitir a colocação de postes, relógios de luz, etc. A manutenção é praticamente nula. Basta pintar, como fazemos com a nossa casa.
As imagens foram feitas em uma única rua na Região dos Lagos, em bairro de classe média, frequentado por veranistas. Não são casas de luxo, mas são boas construções. Podem ajudar na escolha do material. Pelo custo/benefício escolheria a grade de concreto armado. Uma casa com 12 metros de frente, descontando o portão, poderia ser gradeada por apenas seiscentos reais, mais a mão de obra. Um preço bem razoável.
Texto: Paulo Afonso Teixeira
“Nas grandes cidades do pequeno dia-a-dia
O medo nos leva a tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo Mas o quase tudo quase sempre é quase nada.
E nada nos protege de uma vida sem sentido
O quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido”
(Muros e grades – Engenheiros do Havaii)